Entrevista com voluntária – Educação ambiental e conservação da natureza

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Você tem vontade de conhecer mais sobre o trabalho voluntário no Pantanal? Preparamos uma entrevista com nossa voluntária que participou do projeto Educação ambiental e conservação da natureza, em Bonito.

Hoje vamos contar a história da Patrícia, que mora em Belo Horizonte e quis se aventurar no intercâmbio social na modalidade individual. Bora para as respostas dela?

Entrevista com voluntária – Trabalho voluntário no Pantanal

  1. 1. Você se sentiu segura antes do início de seu programa? E durante?

Sim, eu me bem segura antes do início do meu programa, porque busquei as informações básicas e planejei minha viagem.

A Exchange do Bem sempre respondeu minhas perguntas e a comunicação pelo WhatsApp funciona muito bem! Durante a viagem me senti segura também, porque as pessoas do projeto já estavam me esperando e compreendem bem o propósito do Intercâmbio Voluntário.

2. Você fez os cursos de nossa Plataforma de Formação de Voluntários? Como nosso material ajudou no dia a dia do projeto?

Sim, fiz os cursos da Plataforma de Formação de Voluntários.

Os cursos provocaram mudanças de pensamento e de atitude em mim, pois me fizeram refletir sobre o respeito ao grupo que iria me receber, às questões éticas sobre postagem nas redes sociais, sobre como posso me comunicar melhor através do conhecimento dos aspectos da Comunicação Não Violenta.

Além disso me mostraram o profissionalismo da Exchange do Bem ao propor o Mensurar para Impactar. Os cursos mudaram a forma como eu vivenciei o Projeto!

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3. O que mais te impressionou quando você chegou ao Projeto?

A sensação de urgência para cumprir o objetivo de montar a Feira da Semana do Meio Ambiente.

As pessoas estavam focadas, o número de atividades era muito alto e o número de pessoas escasso. Ao longo da semana aspectos mais globais me impactaram mais: a rede construída em torno do objetivo de se preservar a natureza, em especial os rios da região, a consciência dos guias turísticos dos passeios, o acolhimento a mim por sair de minha cidade e ser voluntária no local de pertencimento daquelas pessoas.

 

  1. 4. Como eram as refeições durante o seu intercâmbio? O que você comia?

As refeições não eram feitas no mesmo local, pois dependia da programação do dia.

Alguns dias eu comia nos restaurantes da cidade: há opções para todos os bolsos! Quando ia para algum local distante, fazia as refeições no local; por exemplo, no dia do plantio almoçamos na sede da fazenda que nos recebeu para a atividade.

Quando eu tinha opção, procurava comer a comida da região: comi muito peixe – quase todos os dias. Na fazenda comemos mandioca e arroz de carreteiro – inesquecível!  À noite eu comia um lanche no hostel ou saía com amigos para os restaurantes ou bares da cidade.

5. Quantos dias na semana você trabalhou durante seu voluntariado?

Eu trabalhei de segunda a sexta; cheguei numa segunda às 13h e já no primeiro dia fui para o projeto – IASB Instituto das Águas da Serra da Bodoquena. E trabalhei até a segunda seguinte, inclusive!

No final de semana fiz passeios na região.

  1. 6. Quais eram as suas principais atividades e responsabilidades nesse voluntariado?

No IASB estávamos focados em montar a X Feira de Meio Ambiente de Bonito, então as atividades estavam relacionadas a montagem de estandes, organização de material do estande e da área da Feira, limpeza da mesa de sementes, preparação dos bichinhos de papelão para decoração, limpeza do local (varrição), organização das cadeiras. Atuei também no primeiro dia da Feira, como monitora do estande sobre relevo da região e preservação ambiental: foi muito bacana!

No dia que fui para o viveiro de mudas, eu trabalhei com os tubetes (local onde vão as sementes para a primeira germinação), limpei os tubetes das ‘invasoras’ que são plantinhas que se aproveitam do ambiente para germinarem, completei os tubetes de terra com compostagem para evitar acúmulo de água, organizei os tubetes para agrupar as plantas comuns e dar um novo visual ao corredor onde os turistas passavam para os passeios (eles podem adquirir mudas).

 

No dia que fui para o plantio, eu fiquei responsável por finalizar o processo. Para isso, é necessário compreender os passos: primeiro é preciso roçar o local retirando o mato alto, capinar fazendo um círculo onde será plantada uma estaca de identificação, fazer o berço (‘buraco’ onde será colocada a muda), colocar o gel de água que vai permitir que as raízes tenham humidade suficiente por algum tempo para ajudar a muda a crescer e se fortalecer, colocar a compostagem. A partir daí era comigo: eu tirava a muda do tubete (que é de plástico), fincava o tubete no berço, completava com terra e compactava para a terra não ficar solta, mole, e claro, tirava uma foto! Fiz esse processo um dia inteiro, sem parar; o grupo conseguiu plantar 106 mudas naquele dia! Fui dormir bem cedo…. 

  1. 7. O que você fazia no seu tempo livre?

No meu tempo livre eu aproveitava para conhecer a cidade, pois Bonito é bem seguro para se andar.

Na medida em que fui conhecendo colegas no hostel, passamos a lanchar juntos e passear nas ruas. Eu já havia planejado alguns passeios, pois os grupos são limitados e eu não queria perder a oportunidade. Eu também frequentei algumas atrações da cidade, que pesquisei na internet.

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  1. 8. Qual foi o ponto alto de seu trabalho voluntário?

Não houve somente um ponto alto, mas alguns:

  • – Atuação como monitor na Feira de Bonito: veja bem, eu, uma pessoa de fora, pude ensinar algumas coisas sobre a região às crianças da própria região… Foi muito bom!
  • – A experiência no viveiro de mudas e o plantio foram inesquecíveis: uma turma ótima, que me ensinou muitas coisas e me fez rir muito também com as histórias da região.
  • – As amizades que fiz: uma delas me levou para conhecer muitas coisas na cidade, me contou histórias, pontuou as relações do agronegócio e do turismo na cidade, enfim, me enriqueceu. As colegas do hostel foram um capítulo à parte: divertidíssimas!
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9. Por fim, deixe uma mensagem para os próximos que quiserem participar desse projeto.

Para você, que está pensando em participar do projeto de Conservação da Natureza e Educação Ambiental do IASB – Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, não perca tempo: inscreva-se já!

Você vai encontrar pessoas que estão realmente lutando para a preservação da natureza da região e que vão te acolher muito bem.

Você vai sair dessa experiência cheio de histórias para contar e com o coração cheio também, por ter contribuído para um projeto que é sério, que realmente contribui e agrega valor à região.

Trabalho voluntário no Pantanal

 

 

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