Fazer o bem ao próximo é fazer o bem para você mesmo

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Fazer o bem ao próximo é fazer o bem para você mesmo. Este é a frase que define o meu intercâmbio com a Exchange do Bem. Desde minha adolescência, o sonho do intercâmbio estava presente, e em 2017 decidi colocar em ação esse sonho.

Depois de muitas buscas e opções, por um acaso encontrei a página da Exchange e simplesmente me apaixonei. Pois era a união de duas coisas que para mim eram muito importantes: a viajem de intercâmbio e o trabalho voluntário.

Como uma viajante de primeira viagem, as dúvidas e medos surgiram. Porém o apoio e a receptividade da equipe me deixou mais tranquila, todas as dúvidas e medos eram solucionadas da melhor forma possível pela equipe durante os meses que antecederam a minha viagem. Isso para mim foi um dos pontos mais importantes, pois desta forma me sentia segura para embarcar sozinha para um país desconhecido.

Peru

Enfim o dia da viagem chegou. A minha escolha foi o Peru, e o trabalho voluntário foi na Casa Hogar. E digo, foi aventura desde a minha chegada a cidade até o ultimo dia! (que vai de perder pertences até ficar doente e precisar ir ao médico).

A equipe do Volunters Peru é sensacional. A recepção, o apoio durante a viagem foi algo muito diferente.  Me senti em casa mesmo não conhecendo ninguém. A receptividade, o clima, a alegria de ter você com eles é tão grande, que senti como parte de uma família, e foi assim durante todo o período!

Durante todos os acontecimentos, eles estavam a minha volta. Principalmente no momento em que eu passei mal pela comida, a equipe do Peru e da Exchange sempre estavam cuidando de mim.

Leia também: O perfil do intercambista para cada destino

Conhecendo novos lugares

E mesmo que muitos pensem que fazer trabalho voluntário te priva de conhecer os lugares ou fazer atividades, eu digo que isso depende de como você está disposto a aproveitar cada momento. Pois mesmo tendo o tempo fechado para o trabalho na Casa Hogar, eu consegui visitar lugares maravilhosos. Pude fazer trekking, conhecer a cidade de Cusco, conhecer famílias tradicionais (e fazer amigos que até hoje mantemos contatos) e até participar de esportes radicais.

O Peru é um lugar maravilhoso. Cada região contem algo que te surpreende, sem contar que é um povo muito alegre e simpático, que se sente feliz em ter você com eles. Por isso, me adaptei muito rápido ao lugar, ao clima, fiz amigos no primeiro dia da viagem, e sobre a altitude, em Arequipa me senti bem, somente sentia um cansaço frequente.

A Casa Hogar

O trabalho na Casa Hogar com as meninas é um aprendizado, pois cada dia você aprende com cada uma que está ali. Aprende com suas personalidades, com as suas vontades, seus sonhos. Cada criança que você brinca, dá amor, carinho, te faz refletir o quanto você deveria realmente estar ali.

Com elas aprendi o quanto o simples, mas quando feito de coração, é muito mais importante do que ter muito. Cada sorriso que dávamos era como se fosse um presente para mim. Estar ali com as meninas foi como uma renovação.  Digo que comecei  2018 renovada, com novos pensamentos, opiniões.

Algumas atividades que realizamos com elas foram a confecção de caixinhas de papel de dobradura com enfeites. Pintamos as unhas, cozinhamos crepes (para nós brasileiros se assemelha as panquecas). Fizemos passeios. Lemos para as meninas menores e treinamos a leitura com algumas meninas que queriam aprender a ler.

As crianças são super amorosas e animadas, gostam de brincar e mexer nos nossos cabelos! Digo que voltei faltando muitos fios de cabelo, mas foi a melhor coisa, valeu a pena voltar para o Brasil um pouquinho mais careca!!! Elas simplesmente adoravam mexer nos cabelos, e suas tranças eram muito bonitas, adorava essa parte do dia!

A cidade de Arequipa

A Cidade é muito aconchegante, e com muitos lugares para se visitar. Como o Hostel fica próximo ao centro histórico, aproveitei muito para andar e conhecer os lugares, como por exemplo o Monastério, que é lindo. Também participei de um city tour pela cidade de Arequipa. Dessa forma pude conhecer um pouco mais da história da cidade e de seus costumes (vale muito a pena).

Outro lugar que vale a pena gastar um dia para conhecer é Canion del Colca. É um passeio onde eles contam a história da região, é bem rico em cultura. Em Cusco eu fiz o melhor passeio da viajem que foi na Laguna de Humantay, é um trekking de muitas horas, mas vale todo o esforço, a emoção de ver aquela paisagem é inexplicável!

A despedida

O dia da partida é realmente muito triste, pois já me sentia parte de uma família formada pelo bem! Uma imagem que não sairá nunca de minha lembrança é o caminho ao aeroporto bem cedinho. Onde eu vi os Vulcões que ladeiam a cidade iluminados pelo sol. Com seus topos cheios de neve. Como durante toda a minha viagem o céu esteve nublado, senti aquela imagem como se fosse uma despedida, em grande estilo, diga-se de passagem.

Fiquei emocionada em refletir sobre tudo que passei, e principalmente, as amizades e aprendizados que lavarei para sempre.

O que eu sempre digo é: Vale muito a pena fazer um intercâmbio voluntário. Digo isso pois eu, como uma menina do interior do Paraná, que nunca havia viajado sozinha, não sabia falar espanhol muito bem. Consegui a melhor experiência de toda a minha vida.

Quer aprender um idioma? Conhecer lugares novos, se aventurar, e ainda por cima fazer a diferença no mundo? A escolha perfeito é o intercâmbio voluntário. Depois desta viagem já me sinto mais confiante, e pronta para as próximas aventuras.

Fazer o bem ao próximo é fazer o bem para você – Texto escrito por Natalia Celestino, nossa voluntária que esteve em janeiro de 2018 no Peru.

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